Eu estava dentro daquele ônibus e ao mesmo tempo fora, estava naquele banco, sentado e olhando através daquela janela fria e escura de uma tarde de inverno o que me consumia de um sentimento que nunca me havia pertencido. Mas por um tempo aquele garoto correndo e sorrindo para chegar até o pai que punha-se de braços abertos esperando um solidário e confortante abraço do filho que havia acabado deixar o ônibus pra trás, no momento me encheu, tomou conta de mim, por um segundo, uma alegria mutuou minhas bochechas e estampou dentes que estavam a muito tempo escondidos e me bateu a consciência um tristeza de notar que tais sentimentos nunca fizeram parte da minha vida e ocorreram então em um segundo naquele lugar no meio do nada.
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