19 janeiro 2011

É falta.

Um cheiro de leite quase insensitivo, uns goles de paciência, uma boa viagem para uma tarde de sono ilustrado e um bom banho de chuva tomado em um campo de rosas retratado na pintura da parede, olhos que se fechavam com a partida do cansaço, os braços moles, as pernas fracas, sem motivos pra levantar e ter que cuidar de alguém, sozinho na solidão dessa casa eu nunca estive, você está no cheiro fraco e marcante do leite fervendo, nos remédios que eu tomo, nas viagens que eu sonho, na chuva do quadro que eu imagino-me tomando, no meu cansaço, no meu braço, na minha perna e principalmente na razão de não ter mais ninguém aqui, acho que nem eu me encontro mais.

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