29 junho 2011

No final do ponto final, a porta é o ponto.

Não, isso não importaria, porque quase nada mais importa, nem a porta que importa todas as outras portas aos nossos olhares, porque nunca terminam as portas que nos importam quebrar. Nem as portas que nos importam portar, todas elas entreabertas, de olhos fechados, eu não perco mais tempo tentando contar, as portas que eu tentei contar, não contam mais, nem os portões são feitos de aço, nem os porcos são feitos de carne e nem a carne se valoriza, então abre qualquer porta e vai, sem olhar pra trás em câmera lenta com um fundo desfocado e umas lágrimas pré derramadas, abre a porta e sai, porque a qualquer o momento o teto cai e o ponto final é finalmente usado, pra dizer que tudo se vai.

2 comentários:

  1. eu adorei o jogo com palavras, não só ele, mas como faz sentido no final. só estéticamente não fica bom, mas aí, tu conseguiu usar da beleza das palavras parecidas, um belo texto sobre verdade.

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  2. Esse teu texto é um jogo infinito de sentidos. E sentidos doloridos, eu devo te dizer. Mas o que importa se são doloridos ou não? Importa que são sentidos, e sentir esse texto é sentir de longe ao menos a ponta do fio desse carretel de pensamentos que é voce. E que saudade de voce por falar nisso.(L)

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