De repente estico-me e logo deito minhas costas sobre a cama, respiro profundo e forte, enquanto o vendo entra sobre minha camisa velha, o vento que vem trazendo o som através da janela, ouço a música que toca no rádio bem longe daqui, do outro lado da rua, e é lá também que está aquele senhor que sempre mostra seu estado mal-humorado, um semblante medonho e desgastado, e eu suponho que passa boa parte dos seus dias observando o que a vida lhe fez passar, o que a vida lhe fez trouxe, o que lhe tirou e com o olhar longe dele o meu bate e reflete nas mais inimagináveis possibilidades, e fico logo eu à pensar que ele se pergunta: "E esse é o fim?".
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