Sempre morei por lá, aquela pequena cidade calorenta, cheia de caminhos pra andar, no seu perigo cresci e na beleza da chuva da tarde me findei, fui criando raízes e ao mesmo tempo me distanciando tanto, as pessoas por lá se sentiam livres, andavam sem camisa, caminham na praia, bebiam e riam, conheciam outras pessoas e vivam um belo verão de 12 meses, enquanto o sol castigava eu vivia uma primavera todos os dias dentro do meu quarto, mas achei que na realidade o meu sentimento vivia em puro outono, me confundia nas estações, sei que toda a vitalidade daquela cidade não me contagiava, enquanto todos riam, até hoje nunca aprendi a sorrir com ninguém de lá a não ser com ela, mas já sei e devo me conformar, sorrir pra mim por aqui, me olhando no espelho de manhã, me conformando com a doce solidão.
Câimbras na boca
Lógica, somente a falta.
05 janeiro 2012
30 agosto 2011
Um de nossos casos.

Era justamente como uma sinfonia que suava pelos poros, que mantinha a pele úmida, que tornava o torto belo e belo mais uma pequena palavra pra se falar da beleza. Justo era a calça que me deram, preço de injustiça, criança que chora no peito e morre no leito, e a sinfonia continuava a tocar, para agradar aos ouvidos que podiam, mas a verdade se punha em protesto, em forma de opressão, em infelicidade muitos. Tudo controverso, cheio de questões meio rabiscadas, a prova não alistava ninguém, ela não descia do prédio, a menina parou de dormir. O mundo continuava enquanto tu lamentavas-te de um pouco de ódio que nasceu em um peito já desgarrado pela dor de amar.
23 agosto 2011
Nasceu.

Ela nasceu em uma tarde chuvosa, o vento havia aparecido, eu já sorria e ela nasceu, sua mãe já sofria por sua espera incessante, toda a felicidade de um dia se deu por sua chegada, ela se fez luz em um lar, ela trouxe consigo a candura de uma criança, trouxe um monte de sorrisos, dispostos a lhes serem entregues, ela pôs corações a baterem tão fortes, que poderiam juntos causarem tremores no Japão, ela é menina de anjo, menina de pele branca e cabelos negros, menina do rio. Vem nos trazer um pouco de paz, um pouco de amor, nos faz aprender contigo. Nos faz sermos melhores.
21 agosto 2011
Don't sleep.

Sou o teu resto, teu resto é meu, somos restos, pedaços de pano jogados, no fundo de uma sala, no canto da escuridão, somos lágrimas secas, somos dor que retrai, somos fundo de quarto, fundo de ônibus, nosso amor tá no meio, na verdade, no fundo do coração, e todos esses versinhos de meias palavras já foram ditos por outra pessoa, mas o que torna original, é fato de nós sentirmos ele de uma forma completamente diferente, agora. No momento em que tudo se faz meio nosso e deixa de ser quando nos escapa pela válvula. O rock não combina nesse momento, mas ele nos serve de uma trilha desajustada, somos John Frusciante com depressão, somos Marcelo Camelo sem Mallu, somos esse pedaço de gente com direito a uma pedaço de terra. Tu tens umas bolsas, umas rasgadas, outras te suspentam, eu te tenho, e mesmo sendo o homem, tu me sustenta muito mais.
Na minha cama.

Talvez. É uma das palavras mais certas entre todas as outras. Eu fui no shopping te ver, fui na tua casa, feliz te dei meu ovomaltine, queria poder te fazer feliz, mas nessa noite, quando nós voltamos pra nossas casas, e nossos corações continuam em uma parada de ônibus, esperando que eu volte pra te esperar chegar, em mais uma dos maravilhosos dias que eu vivi do teu lado. Tu estais do meu lado lamentando-se por tanta coisa triste, que nos faz triste, lamentando-nos por não vivermos do mesmo lado, mas entenda, tente entender o que nem eu consigo, seu pé encosta o meu, teus olhos sumiram, tuas lágrimas, eu sinto cair.
11 agosto 2011
Até(e) nós.

07 agosto 2011
O céu me invade.

03 agosto 2011
A dor de cada dia.

01 agosto 2011
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