21 agosto 2011

Don't sleep.

Sou o teu resto, teu resto é meu, somos restos, pedaços de pano jogados, no fundo de uma sala, no canto da escuridão, somos lágrimas secas, somos dor que retrai, somos fundo de quarto, fundo de ônibus, nosso amor tá no meio, na verdade, no fundo do coração, e todos esses versinhos de meias palavras já foram ditos por outra pessoa, mas o que torna original, é fato de nós sentirmos ele de uma forma completamente diferente, agora. No momento em que tudo se faz meio nosso e deixa de ser quando nos escapa pela válvula. O rock não combina nesse momento, mas ele nos serve de uma trilha desajustada, somos John Frusciante com depressão, somos Marcelo Camelo sem Mallu, somos esse pedaço de gente com direito a uma pedaço de terra. Tu tens umas bolsas, umas rasgadas, outras te suspentam, eu te tenho, e mesmo sendo o homem, tu me sustenta muito mais.

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