Estive deitado, sem forças pra me erguer, disposto a fechar os olhos e sumir, o vento entrava suave pela janela, minha pele, meu pés, meus pulsos, todos em sintonia, em extrema tranquilidade, a cortina batia nas paredes paralelas, estava escuro aqui dentro e lá fora, era um clarão, pensei que tu tinhas chegado, estavas jantando com as velas acesas esquecido dos problemas.
31 maio 2011
30 maio 2011
Resposta.
As evidencias podem analisar essa situação como sendo a minha libertação, mas não se movem estes resultados por aqui, no sentido verdadeiro da situação, eu fiz tudo isso pra que tu pudesses falar que te libertastes de mim, pense bem, agora podemos voar livres, um dos problemas humanos, e a prisão que eles se engalfinham, uns aos outros.
29 maio 2011
Apenas o fim.
Abaixo dos olhos, o clima esfria sem parar, congelo-me sem esforço, em meio a tanta fragilidade, me sinto frio e calculista, nunca fui bom em ser solidário, no entanto, me proponho acordos que eu nem acredito que cumprirei, digo a ela que irei esquecer tudo, deixar o passado esvaziar-se, e ela não me diz nada além do silêncio, só me transmite vergonha.
Sentimento vem da mente.
A respeito desse meu amor, ele logo passa, mesmo eu querendo que ele continue, quem sabe, eu não queria sofrer, mas parece que não tem saída, é impressionante, se eu começar a viver isso eu vou ter problemas contigo, eu já te vejo sofrendo, e logo assim sofrerei, então o melhor é nos entregar pra sorte, mas por favor, segure esse tal coração grande que tu tens e não machuque-o, pois o meu tem uma forte ligação com ele, tanto sentimental.
24 maio 2011
Retalhos.
A altitude do salto é mortal, a dor se estende e estraçalha a carne, o pudor, a humanidade e a consciência o impedem, o golpe seria fatal, porém, a lucidez se espalha, alastra medo sobre seus poros, suas pupilas secas, suas mãos molhadas, tudo se resume a um momento de coragem, que por poucos se alastra, move um corpo a atirar-se em queda livre, proclamando piedade a uma vida sofrida sem liberdade.
Ponto especial.
Sinto como o poder da felicidade se instala, se aplica e se prepara para jorrar nos sorrisos meus, tenho a posse desse tesouro por algum tempo, e nesse tempo, vejo uma virtude em mim, que em poucos enxergo, não me questiono por quê eu sinto naquele momento, aquela felicidade.
Tradutor.
Escrevo no futuro, coisas que não faço, escrevo no presente, o que sinto em um tal momento, e no passado, todas as dores já acumuladas.
Eu machuco.
Irei manter minhas palavras, escritas sobre a tua carta, as lágrimas só sairão com o excesso de sol, a esplêndida coerência das palavras serão fundamentais quando eu precisar lhe explicar, como se segue a trajetória dessa dor.
Empilhamento.
Vasculhados, foram expostos, trazem serpentinas, nem posso gravar esse momento, estou só vendo muitas pessoas, pessoas ao meu lado, pessoas que se foram, cujo amor não se dissolve, a melhor música toca e eu não sei porque escrevo nessa troca, vi uma farsa e mudo o móvel de lugar.
17 maio 2011
Foguete.
Me sinto tão longe da terra, tão longe de ser alguém de carne e osso, quando me pego em salas de cinema, assistindo aos desejos acoplados a raça humana, eu me sinto longe, e eu vôo, feito foguete lançado ao espaço, e por lá eu passo bastante tempo, até um dia desses voltar sem motivos, só pra dizer um "Oi".
15 maio 2011
As vezes...
Queria poder dizer-lhes a dor que me veio ao peito, como todas as outras que compartilho, mas essa em especial, minha utopia, meu tão esperado destino, que sem esperanças eu creio que um dia se realize, porém, fico fraco, temo e pra minha surpresa, sou tão alucinado por nós, que não posso pensar em uma substituição.
08 maio 2011
Amada no céu e na terra.
Hoje pela manhã, entreguei minha carta que eu havia feito na noite passada, ela riu e ficou vermelha, não chorou, pois temos vergonha de chorar, podemos parecer fracos e sensíveis, isso pode ser vergonhoso e então eu vejo o quanto ruim seria viver sem um peito onde se pode chorar, onde sempre há sorrisos a se encontrar. Nós sempre lhe amamos, por onde andastes abrindo nossos caminhos, por onde nos aconselhastes a andar, por onde traçamos o nosso as metas e por onde chegamos, hoje, és uma mãe especial, amada no céu e na terra.
05 maio 2011
Deixo a onda me acertar.
Há certas lembranças compostas em melodias, que falam de tarde e da praia, e o vento me lembra das pedras, e isso tudo me faz parar, lembra-me de tanta felicidade que eu sentia em estar deitado ao teu lado na areia, vendo o sol, pois hoje, nem ao menos posso me poupar de sentir tristeza por te ver, estamos tão longe e como sempre dizia: "Dos nossos planos é que eu sinto mais saudade."
03 maio 2011
Por-nôs.
Ela não me levou no carro do seu pai, então no final do dia, eu estou sentado, com os pés sobre a mesa, sentindo um gelo dentro da garganta que arde feito fogo e eu lembro que ela me disse, ela me fez sonhar e me fez viver, e hoje eu me faço viver sem sonhos, um pouco sem vida, sem tanto fôlego, mas vívido como o hino nacional.
Tolice.
Sou feio, temo em admirar o intelectual e a descriminar o negro, mas de onde vem a ignorância? Onde a encontramos? Devemos devolvê-la ao seu lugar de origem, devemos também nos originar a pensar e a agir, nós devemos muitas coisas fazer, devemos a muitas pessoas e devemos pagar, e o preço é algo que foi feito para ser pago, mas como verdadeiros porcos, queremos sempre um desconto.
01 maio 2011
O mal aqui.
Pois é, sou eu quem ralo o meu joelho, sou eu quem me ralo, bato meu joelho e digo que o cara da esquina é estranho, eu que sou preconceituoso e digo que as pessoas parecem serem más e descolocadas, mas o ruim realmente está em mim, que queima e dói, que acha os outros piores e pelo contrário, o mal está em mim.
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